O
termo "utopia" é introduzido por Thomas Morus, que o usa como título
da sua obra, para significar uma sociedade perfeita e de certa forma
inatingível.Apesar
de não ser o primeiro texto sobre um ideal utópico, o termo Utopia é da autoria de Morus.
Na
sua obra, a Ilha Utopia, o "lugar sem lugar" é o cenário ficcionado
que dá forma a uma forte crítica social que surge por oposição às deficiências
e insuficiências da sociedade em que se inseria. É via contraste que o autor
visa abanar a consciências e consequentemente incitar a reflexão sobre o
funcionamento e falhas sociais.
Protegido,
Thomas Morus não escreve na primeira pessoa, em vez disso, atribui a Rafael
Hitlodeu (personagem) o papel de fazer a apologia. O autor faz ainda questão de
enfatizar a tangente ficcional da sua obra através do cuidado com que elege os
termos usados, como por exemplo a ilha Utopia ("não lugar"), a sua
capital Amarouto ("cidade sem habitantes"), o rio Anidro ("rio
sem água"), e o príncipe Adamos ("chefe sem povo").
A
estratégia em que Morus assenta a sua escrita, permite que a crítica tecida
adquira uma certa subtileza sem que se dê a necessidade renúncia do seu caráter
subversivo. Estratégia esta que veio a provar-se funcional pela influência que
a obra teve e continua a ter na atualidade em inúmeros aspetos.
Pelo
dito, pode dizer-se que através da sua obra, o autor em questão vem impulsionar a reforma, expondo deformidades
sociais sem ter a necessidade de o fazer diretamente. O pensamento é instigado
e as falhas sociais ganham lugar na consciência, com a ajuda da projeção que
Thomas Morus faz de uma sociedade ficcionada, utópica e contrastante à
existente na sua contemporaneidade.
A
obra de Thomas Morus é então uma obra que convida à reflexão e consegue através
dessa, causar movimento na sociedade.
O iluminismo do século XIX, por exemplo, vai beber à Utopia alguns dos seus ideais, destacando-se o modo de identificar deficiências sociais, propondo correções no campo da organização política da sociedade.
Também os reformistas sociais do século XIX, à semelhança de Morus, adotam a postura de espectador atento da sociedade, e mais tarde vêm propor mudanças. Como aconteceu com Robert Owen, considerado um dos rostos do socialismo utópico, que veio propor melhorias nas condições de trabalho.
O iluminismo do século XIX, por exemplo, vai beber à Utopia alguns dos seus ideais, destacando-se o modo de identificar deficiências sociais, propondo correções no campo da organização política da sociedade.
Também os reformistas sociais do século XIX, à semelhança de Morus, adotam a postura de espectador atento da sociedade, e mais tarde vêm propor mudanças. Como aconteceu com Robert Owen, considerado um dos rostos do socialismo utópico, que veio propor melhorias nas condições de trabalho.
É
então notável o movimento relativamente a temáticas sociais, e busca de
prosperidade da mesma, e evidente o papel que Thomas Morus e a sua obra
constituem para a consciencialização de deformidades sociais, o que vem, por
consequência, desencadear tentativas de afinações sociais, independentemente
das que tenham, ou não, sido executadas.
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