Na primeira nascemos e morremos emprisionados, onde máquinas, ou segundo Marx, a classe dominante, nos mantêm drogados e confinados para que possam aproveitar a nossa bioenergia.
Na segunda, a ilusão, nós, a classe dominada, vivemos a vida normal. Vida em que acordamos, vamos até ao escritório que se situa num alto edifício de uma grande cidade, e cumprimos o típico horário de trabalho. Depois voltamos para casa e assistimos televisão até ir dormir. Todos os dias. – Sendo tudo isto uma mera simulação de computador, ligada aos nossos sistemas nervosos por máquinas, apenas para aproveitar mais energia.
Ou seja, por um lado é-nos apresentada uma realidade de pesadelo mas por outro, uma aborrecida alucinação.
Podemos então interpretar O Matrix como uma metáfora para a vida que estamos a viver actualmente. Uma realidade que retrata a sociedade capitalista na qual estamos presos e para a qual, estamos nós convencidos, não há alternativa. A ilusão de que os habitantes do Matrix são explorados é semelhante à maneira como vivenciamos este capitalismo. A experiência quotidiana que vivemos da realidade é uma ilusão ideológica, uma ilusão construída no capitalismo, cuja realidade é muito pior que a nossa tediosa experiencia quotidiana.
No Matrix é dada uma escolha representada por dois comprimidos, um azul e outro vermelho. Cada um destes comprimidos representa desfechos diferentes. Ou continuamos a viver numa ilusão sem fim ou vemos a realidade como ela é e lutamos para a mudar
Como Marx argumentou, a classe trabalhadora é explorada pela classe dominante, mas isto apenas acontece devido a classe submissa não se aperceber que está a ser explorada. Esta não entende a posição em que está porque é confundida por mensagens sociais que dão aos trabalhadores uma visão distorcida de como eles se encaixam no mundo.
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