Sonia Falcone é uma artista boliviana.
Campos de Vida é o nome da sua
exposição que esteve patente no Palácio Nacional da Ajuda e é uma
combinação da História de Portugal com a arte contemporânea
latino-americana e também uma união de culturas.
A artista explora vários materiais,
com todas as cores para representar diversos países de forma a
promover a unidade destes.
Há um grande contraste das suas obras,
cheias de vida, cor e energia com a decoração neoclássica do
Palácio, mas a disposição das obras foi muito bem conseguida.
Ao olhar para as grandes janelas não
vemos a paisagem com o Rio Tejo ao fundo e sim paisagens aquáticas
da América do Sul como o lago Titicaca ou nenúfares amazónicos,
são fotografias em caixas de luz. Na mesma sala, ao centro, uma
representação de um oceano iluminado.
Numa sala há um vídeo-animação,
projectando na parede borboletas a voar, representando a migração
de povos. Noutra, uma animação virtual, um coração real flutuante
a pulsar e o som das batidas a preencher a sala, faz-nos lembrar quão
frágil é a vida. Também a instalação ''Gotas de Sangue'' nos
leva novamente a essa reflexão, são bolas de vidro de diferentes
tamanhos com liquido vermelho, representando os anos de vida e os
seus sofrimentos.
Ao entrar noutra sala, muito ampla,
sentimos um aroma agradável e vemos um ''Campo de Cor'',
é a obra de destaque da artista,
constituída por recipientes com especiarias de todo o mundo. As
cores evocam, mais uma vez, a unidade. É essa união, das cores e
dos odores, que a tornam interessante.
A artista conseguiu combinar histórias,
culturas, o antigo e o novo, passado e presente.
Cor, natureza, vida, unidade são as
principais características da sua obra.
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