o centro tem periferias: Philias e Ecofeminismo
Dan Graham, Tunnel of Love (2014) |
Interdependentes a um núcleo existem sempre arredores, conceitos subliminais que dinamizando o centro, permitem-no ser forte, significante. Por reflexão, o epicentro inunda as saias conceptuais que definem o fora-centro, com significado e igual capacidade e urgência É, no entanto, capacitando os limites de cada centro e periferia com ideias e fluxos de conhecimento, que nos apercebemos dos ritmos equiparáveis de energia que eles delimitam.
Philias, termo introduzido por Aristóteles como relação de mutualidade em que o amor é chave, tem sido laqueado do significado original para a partir deste, se redistribuírem hipóteses-paliativas para o bem-comum dos invertidos, descentrados ou quaisquer mortais apaixonados. As -fílias são a contra porta dos fundos que alerta para a diversidade. Permitem, nas viragens de gerações, suavizar os percalços críticos a que se subjugam ascendentes, outros.
-fílias como centro
Ecofeminismo é uma corrente de debate teórico que revitaliza os socalcos do feminismo com um pensamento ecologista dominador. Pugna em alcançar verdades holísticas sobre a relação mulher-natureza e debate-se sobre uma colcha de retalhos suja de salpiques de reducionismo capitalista. A mulher como minoria sub-nutrida de direitos e vivente em aguda sombra patriarcal é equiparável à natureza: - a exploração pós-seiscentista do homem mitigador de liberdades naturais (supra-proveito e investida nos recursos naturais, alterações climáticas) e a inegável coadunação das características femininas com as da natureza (subjugação à estrutura opressiva do homem).
ecofeminismo como periferia
Apesar de divergências entre as várias correntes do Ecofeminismo, há uma passageiro comum susceptível de análise, altamente enternecido pela vivência secular da mulher. Defendido por teóricas como primordial (Vandana Shiva) ou secundário (Janet Biehl), a ligação privilegiada do ser humano do sexo feminino com a natureza é próxima e mística. A transversalidade desta ideia formula uma outra saudável causa teórica. A intimidade do natural com a mulher é revelação aparente de uma espécie de -fília orgânica, biológica e genética. Uma aproximação propulsada não pelo processo normal de aquisição de -fílias, mas pelo próprio ritmo fisiológico do gênero. Sendo viva esta chancela do ecofeminismo (periferia) a sua relação com o conceito de -fília (centro) não é letárgica. Admite-se de mútua troca e sentido. Significando o conceito de -fília de novos horizontes, a periferia torna-se indispensável e ativa. As trocas entre periferia encoberta e centro desafiador e centro clássico e periferia não-normativa são responsáveis por esclarecer que as relações que estabelecem são sempre-tensas e interpreponderantes, mas que após desafio, se revelam mutuamente essenciais.
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