O consumismo é, talvez, um dos maiores males que assombra a
nossa sociedade atualmente. Todos somos bombardeados diariamente por anúncios
publicitários. Não só através dos media, como também através de cartazes que
observamos a caminho do trabalho. Assim sendo, quer queiramos quer não, de uma
forma ou de outra, acabamos por ser vítimas da propaganda, muitas vezes
enganosa, com que somos confrontados.
Por vezes ponho-me a pensar na
quantidade de produtos de beleza que tenho, por exemplo. Será que preciso de
todos? Obviamente que não, mas ainda assim, de vez em quando compro mais um ou
outro. Não os compro por necessidade, mas sim porque me apetece ter mais um
produto qualquer para a “coleção”. O consumismo é como um ciclo vicioso: quanto
mais se tem, mais se quer ter.
Apesar do hábito do consumo nos
ser incutido maioritariamente pelos meios publicitários, a educação que nos é
dada também tem a sua influência. Quando somos pequenos, por exemplo, na época
do Natal recebemos inúmeros brinquedos, muitos dos quais provavelmente nem lhes
vamos tocar. Ao crescermos habituados a ter acesso ao que queremos, estamos,
indiretamente, a tornar-nos consumidores.
Se
observarmos com atenção, por exemplo, os telemóveis que as pessoas utilizam
hoje em dia, é raro vermos alguém que, para escrever num, ainda tenha de
carregar em teclas. A necessidade que hoje parece haver em ter o último modelo
do telemóvel da marca “x”, é algo meramente causado pela publicidade. Se nós
analisarmos bem, a diferença entre o modelo anterior e o mais recente é quase
nula, mas ainda assim sentimos a necessidade de comprar o último. Ao longo dos
anos, a publicidade tem vindo a desempenhar um papel fulcral na credibilidade
das marcas.
A publicidade é o maior propulsor do
consumismo, logo, para um determinado produto ser vendido tem de ser
publicitado, caso contrário as pessoas vão partir do princípio que o artigo não
tem qualidade. É a propaganda que dita se uma marca é prestigiada ou não, portanto,
no final, para um produto ser vendido em grande número, o que interessa é a
visibilidade que este tem no mercado e nem tanto a qualidade, pois se a marca tem uma certa boa imagem por até agora ter lançado produtos de qualidade, à partida este novo não será diferente.
Referências: A Indústria Cultural: O Esclarecimento Como Mistificação das Massas
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