Há um ano
atrás, fui
confrontada com
a imagem
apresentada a cima enquanto
via o meu feed na aplicação
Instagram.
Em modo de
explicação, este
foi o comentaria que
fez com
que o mundo tivesse
conhecimento do
caso de
Tuesday Bessen,
uma jovem
designer ao
qual os
seus trabalhos
foram copiados
pela marca
de moda rápida espanhola Zara.
A norte-americana Tuesday Bassen utilizou o Instagram para denunciar a resposta da Zara a um primeiro contacto dos seus advogados – “Disseram que o meu trabalho era demasiado simples e que ninguém saberia que era eu, porque a Zara tem 98 milhões de visitantes e eu sou uma artista independente”.
Ao reler esta noticia lembrei-me da teoria de incorporação, no qual um circuito económico se apropria de algo que esteja na moda para a vender.
Se revermos as tendências das estações do ano passado, assim que a Zara começou a apropriar-se dos trabalhos desta artista, e por consequência obteve resultados positivos (até a publicação deste relato nas redes sociais) todas as outras marcas sentiram necessidade de se imitarem e seguirem esta tendência.
Deste modo, podemos de facto constatar que estas cadeias de roupa, têm apenas o intuito de vender a todos os custos, sem terem em mente a originalidade e um estilo próprio. Pelo
contraio, estas consideram mais simples apropriarem-se de algo que de momento
esteja a ser usado por um grande grupo de pessoas, e por consequência, aproveita-se
ou da falta de direitos de autores ou (como foi o caso de Tuesday Bessen) da pouca
“fama” que os seus criadores tenham, face a um grupo tão grande como é o caso da
Zara.
Face às milhares de partilhas nas redes sociais, o grupo Inditex acabou por declarar à revista Vogue que “leva muito a sério todas as alegações relativas a direitos de propriedade intelectual de terceiros”. “A Inditex foi recentemente contactada pelos advogados de Tuesday Bassen, que deram conta do uso de ilustrações em alguns pins e em peças de roupa em algumas lojas do grupo. A empresa abriu imediatamente uma investigação sobre o assunto e suspendeu a venda dos artigos em questão”, explicou um porta-voz da marca.
O grupo Inditex confirmou ainda que está em contacto com a equipa legal da artista norte-americana para “esclarecer e resolver esta situação o mais rapidamente possível” mas Bassen respondeu no Twitter que ainda "está à espera", negando qualquer tipo de contacto da parte da Zara.
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