"O outro lado do espelho" é uma exposição presente no Museu Calouste Gulbenkian em Lisboa, que têm como tema as características do espelho e, a forma como este se relaciona com a nossa vida e a afeta de diversas formas, assim como a maneira através da qual os artistas o utilizam nas obras da arte, para reproduzir certos efeitos e perceções, permitindo um conjunto ilimitado de possibilidades visuais. Está também dividida em núcleos com temas distintos da utilização do espelho e da influência do mesmo começando pela infância, e passando pelo papel deste na vida do homem e da mulher, etc.
Visitei a exposição num dia chuvoso e frio. Nas ruas reinava um sentimento de desconforto e sujidade, no entanto quando entrei no museu, senti imediatamente a sensação do aquecimento do edifício, daquele espaço tão mais acolhedor do que o exterior nublado. Deixei o meu casaco no bengaleiro e prossegui para a entrada da exposição. Em frente a esta mesma entrada estava uma escultura de uma mulher a segurar um pequeno espelho na mão, observando a sua figura refletida no mesmo, funcionando talvez como uma forma de introduzir a exposição. Entrando na exposição propriamente dita, existem diversos espelhos antigos espalhados pela divisão , assim como simples superfícies refletoras numa parede, que permitem que enquanto se caminha pela exposição, se possa observar as peças dos artistas, e também a nós próprios.
Para além disso, existem várias pinturas, assim como esculturas e instalações nas quais o espelho é um elemento chave ou importante para as mesmas. Lembro-me com mais clareza duma pintura da qual gostei particularmente, em que Narciso observava a sua imagem num rio, funcionando neste caso a água como um espelho natural.
Em suma, a exposição demonstra as diversas utilizações do espelho no passado, na arte e na vida, assim como a sua função na mesma e todas as possibilidades que é capaz de abrir nela.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.