Masculinidade Hegemónica

Partindo da teoria de hegemonia cultural desenvolvido pelo teórico marxista Antonio Gramsci, podemos chegar ao conceito de masculinidade hegemónica, uma derivação da teoria de Gramsci se a contemplarmos com um ponto de vista sociológico. Enquanto que a teoria de Antonio Gramsci analisa as relações de poder dentro das várias classes sociais, a masculinidade hegemónica é uma prática que legitimiza a posição dominante do homem  numa sociedade e, consequentemente, a subordinação da mulher.

Esta hegemonia consiste numa adoção massiva de uma ideia, a uma alienação que faz com que grande parte da sociedade partilhe desta ideia, mesmo que não seja sua originalmente.

"The basic premise of the theory of hegemony is one with which few would disagree: that man is not ruled by force alone, but also by ideas." (Bates, 1975)

São muitas as suas aplicações e representações de forma a passar esta ideia à sociedade de uma forma eficaz. Um dos maiores exemplos a apontar será logo para os mais novos, que são submetidos a estas ideias com os filmes e desenhos animados que veem ao crescer. Os clássicos filmes da Disney, por exemplo, têm um grande peso na influência dos pensamentos das crianças, e optam por representar maioritariamente homens fortes, agressivos, ambiciosos, que não devem mostrar as suas emoções. Na maior parte dos casos são estes homens que vão salvar uma princesa em apuros, e assim fica a imagem de como um homem deve agir, e da sua posição perante os outros.

Referência bibliográfica:

BATES, Thomas R. (1975). "Gramsci and the Theory of Hegemony" in Journal of the History of Ideas. University of Pennsylvania Press, Pennsylvania. Vol. 36, No. 2, pp. 351-366 [online]