“Human” foi o primeiro
filme a ter estreia mundial no parlamento das nações unidas, no septuagésimo aniversário
da organização. O realizador, fotógrafo e ecologista francês Yann Arthus-Bertrand lança o
filme com o propósito de despertar a Humanidade para os fatores sociais que
prevalecem globalmente independentemente da nossa cultura ou etnicidade. O documentário
está disponível no youtube, o objetivo do autor não era acumular capital mas
tocar a espécie Humana.
Trata-se de uma
experiência sensível que nos leva por entre paisagens sublimes, muitas vezes
onde a exploração, a guerra, a discriminação e a injustiça são a norma. A
fotografia do filme a cores intensas e em grandes planos, contrasta com o fundo
negro no qual os entrevistados falam. Revejo as cenas de exploração de grandes
companhias que exploravam as pequenas comunidades como uma praga selvática que
destrói o mundo enquanto destrói a própria espécie. É uma história crua sobre o
sangue, suor e lágrimas da humanidade do séc. XXI, onde os indivíduos se abrem
com as histórias mais significativas para os mesmos. É um documentário
existencialista que involuntariamente coloca o expetador em perspetiva, através
de uma visão global de tópicos como o amor, a morte, a família, o trabalho e a
fome. Estão neste documentário contidos os principais problemas a ter em conta
nos anos que se seguem. É como um apelo aos responsáveis pelas empresas,
organizações, políticos. Uma carta aos donos do mundo.
Vestimos quase a pele de
cosmos que abraça incondicionalmente a Humanidade enquanto esta divaga por
entre o caos errático, mas é nos impossível a insensibilidade, destapamos a
venda a um eu outrora inocente às catástrofes sociais enquanto desvendamos o
mundo; continente a continente, país a país, de aldeia em aldeia e por entre as
ilhas e ilhotas mais insignificantes ao Homem capitalista ocidental. Compreendemos
que as preocupações gerais dos Humanos conscientes e não adulterados pelo ego
presam o amor pela família, pelo meio e pela comunidade.
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